quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Homossexualidade (Mas, afinal, o que é um homossexual?)

 
 
 
Recapitulando, até o presente momento, eu falei de duas possíveis causas determinantes para que ocorram alterações no perfil sexual do indivíduo, e são elas, à saber: a orientação externa e a orientação cerebral. Agora eu vou entrar no tema abordado propriamente dito, eu vou falar sobre a atração física. E para tanto, vou usar uma terceira barra, onde em um extremo nós temos os indivíduos heterossexuais, e na extremidade oposta, nós temos os indivíduos homossexuais:
 
 

É praticamente impossível discutir a origem exata da homossexualidade de um determinado indivíduo, o máximo que se pode fazer é levantar hipóteses, como as que aqui foram apresentadas, sobre o tema; porém, muito se tem discutido sobre um chamado “gene gay” –– porém, nada há-de se dizer, visto que, mesmo que exista este gene, ele não seria um determinante para que um indivíduo seja homossexual, da mesma forma que ter um gene Y não determina que um indivíduo seja do sexo masculino, só vai denunciar que ele não será do sexo feminino 100%. O fato é que é com quase absoluta certeza que se diz que a homossexualidade, assim como a orientação cerebral, é determinada por hormônios ainda no período gestacional. Há ainda artigos que sugerem que um alto nível de stress durante a gravidez pode gerar alterações na produção hormonal que gerariam modificações na orientação sexual do feto. De um ponto de vista evolucionista, é possível que, caso este gene exista, ele, além de estimular a homossexualidade do indivíduo, gere o aumento da fertilidade, ainda que, em alguns casos, gere um indivíduo homossexual.
Mas, antes de tudo, vamos definir o que é um homossexual: um homossexual é o indivíduo que sente atração física APENAS por outros indivíduos do mesmo sexo. Isso não quer dizer que um heterossexual não sinta prazer no ânus por exemplo: o local em que se sente prazer não diz absolutamente nada sobre sua orientação sexual, diz apenas os locais do seu corpo que lhe favorecem prazer, NADA ALÉM DISSO. Portanto, homens com mais de 40-50 anos que estão me lendo: façam o exame de próstata, isso não vai fazer de você um gay, mesmo que você sinta prazer com isso. O que faz uma pessoa ser heterossexual ou homossexual é o “objeto” de desejo sexual que ela tem.
Exatamente no meio do “caminho” entre um homossexual e um heterossexual, encontra-se o bissexual irrestrito, aquele que sente atração física por pessoas de qualquer gênero.
 
 

À medida que se caminha para o lado heterossexual, encontram-se pessoas que, possivelmente, podem se relacionar com pessoas do mesmo sexo, mas tendem a se relacionar com pessoas do sexo oposto; por exemplo, aquela moça que tem namorado mas que sai com outras moças em algum momento da vida, aquele homem que é casado e pai de família mas sai com travestis, etc.
E à medida que se caminha para o lado homossexual, encontram-se pessoas que podem até se relacionar com pessoas do sexo oposto, mas têm preferência por pessoas do mesmo sexo: aquela moça que até sai com homens mas é apaixonada pela amiga, o amigo gay da sua namorada que acaba ficando com ela de vez em quando, o gay que tem filhos biológicos, etc.
 
O mais importante, é que o verdadeiro homossexual e o verdadeiro heterossexual encontram-se apenas nas extremidades da barra, todo o resto são apenas níveis diferentes de bissexualidade. Pode-se até observar características secundárias do sexo oposto em um homossexual estrito, como pouca barba em caso de homens, e voz grossa no caso de mulheres.
 
Agora, EM MINHA OPINIÃO (é bom frisar que o que se segue não é baseado em nenhum estudo quanti ou qualitativo), assim como a maior parte da barra acima apresenta níveis diferentes de bissexualidade, a maior parte da população mundial também deve estar. Mas nenhum pesquisador nunca vai poder saber, porque a sociedade obriga as pessoas a fazerem uma escolha. E os únicos indivíduos quem têm condições de fazer essa escolha, são os bissexuais, ainda que eles não tenham escolhido ser bissexuais, eles podem escolher com qual gênero irá manter um relacionamento, visto que sente atração sexual por ambos os sexos. E assim como as sanguessugas e os peixes conseguem mudar de sexo dependendo do estágio da vida em que se encontram, um bissexual também pode. Por exemplo, um homem que até os trinta anos só se interessava por outros homens passa a gostar de mulheres, ou uma mulher que depois de se separar do marido vira lésbica. Assim, a nossa sociedade obriga as pessoas a sublimarem um lado de sua bissexualidade, em nome da moral e dos bons costumes.
 
Mas os homossexuais não têm escolha. Os homossexuais sofrem pela não aceitação pela sociedade, que só se agrava quando, por exemplo, alguém inicia uma história patética sobre a “cura gay”. Na verdade, não existe uma cura para a homossexualidade, visto que esta não é uma doença. O máximo que pode ser feito é: ou um bissexual quase gay ser obrigado a estimular o seu lado hetero, ou condenar um homossexual à falta de sexo pelo resto da vida, provocando traumas psicológicos que arruinarão ainda mais a vida desse homossexual.




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