segunda-feira, 13 de maio de 2013

Saber X Crer

E confiar nem sempre é uma boa ideia



          Tudo aquilo que envolve a coleta de evidências é denominado saber, e aquilo que envolve a sustentação de uma hipótese sem que para isso seja necessária a coleta de evidências, é denominado crer. Por exemplo, digamos que um amigo seu diga que tem um cavalo de estimação. E digamos que você não acredite nisso, o que você faz? Cientificamente falando, o mais inteligente a fazer seria investigar para ver se esta informação procede ou não. Então você iria a casa deste amigo, veria ração para cavalo, veria utensílios utilizados para montaria e mais alguma coisa, mas não vê o cavalo em si, porque o cavalo está em outro lugar. Vendo estas coisas você passa a acreditar neste seu amigo (pelo menos é o mais óbvio que aconteça). Agora, digamos que você vá até a casa deste seu amigo outro dia e vê o cavalo, neste momento, você não acredita que ele tenha um cavalo, você sabe que ele tem um cavalo. E por que você sabe isto: porque você primeiro coletou informações (viu a ração para cavalo e os utensílios para montaria) que sustentassem esta hipótese (que seu amigo tenha um cavalo) e depois você juntou a estas informações (evidências) a observação do próprio cavalo in locco, estas duas coisas juntas (coleta de evidências e posterior constatação) fazem parte do conhecimento científico, quando você não faz nem uma coisa nem a outra (nem a coleta de evidências e nem a constatação) ou faz apenas uma delas, você está adentrando no conhecimento mítico ou religioso. E o que isso tem a ver com a ciência?

          A ciência e o método científico precisam da coleta de evidências que possam ser submetidas a testes, que sejam observáveis, mensuráveis e empíricas para promover o conhecimento, todo o tipo de método que não se utilize desta coleta de evidências observáveis, empíricas ou mensuráveis, não é ciência, mesmo que gere algum tipo de conhecimento.

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