domingo, 27 de outubro de 2013

Machismo para crianças - um guia prático. Ou: o lugar da mulher


Quando acreditamos estar numa sociedade livre de preconceitos, com ações de conscientização para todas as pessoas, incluindo-se ai as crianças (visto que, como diziam os antigos, e bem sabiam o que diziam eles naquele começo de mundo, é de pequenino que se torce o pepino), encontramos a imagem acima num livro didático. Na imagem, a criança deve ligar as figuras masculina e feminina às atividades com mais afinidades ao seu gênero. Com ideias como “cuspir no chão” ou “usar brincos”, a figura foi alvo de protestos de feministas (como este que vos fala) e de pessoas sem ligação nenhuma ao movimento. Todavia as atividades mais peculiares, que mais vêm sofrendo asseverações, são frases como “ajudar a limpar a casa” e “lavar a louça”, obviamente sugestionadas à figura feminina.

Em nota, a Editora Positivo deu seu parecer em resposta às admoestações que vem sofrendo: “Esclarecemos que em nenhum momento a finalidade deste exercício é impor padrões ou corroborar com estereótipos de gênero. A atividade, vale mencionar, é parte de um contexto onde o objetivo é justamente promover o debate para combater relações autoritárias e questionar a rigidez dos padrões”.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os Gatos... ou: por que não sou Budista


Há algum tempo atrás, uns cinco anos, eu ia a um templo budista. Sim. E confesso que me fazia um bem enorme frequentá-lo, assim como me fizeram bem todas as minhas experiências indo a centros espíritas e afins. Mas não é sobre isso que vim contar. E sobre por que parei de ir neste lugar.

Em primeiro lugar, o templo era demasiado longe de casa e eu, pobre de mim, não tinha com quem ir. Deslocar-me sozinho pelo mundo afora não era tarefa fácil, requeria uma coragem muito além da que eu tinha até então. Mesmo assim eu resisti bravamente, indo periodicamente às reuniões e seguindo os ensinamentos de Sidarta Gautama à risca.

A segunda coisa que me fez parar de ir nestas reuniões foi o preconceito. Sim: as pessoas têm preconceito com budistas, espíritas, umbandistas, e qualquer outro grupo que não se encaixe na perfeição da amável e louvável igreja do senhor deus. Bem: deixemos deus de lado, que ele, pobre diabo, não tem culpa dos nossos erros – ou talvez seja ele o principal responsáveis por tais erros, o que não vem ao caso no momento.

Mas a principal coisa que me dissuadiu de seguir em frente com os ensinamentos budistas foi o meu animal preferido: um gato. Ou melhor, milhares, centenas, dezenas de gatos. Já me explico:

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sobre a Religião


Apesar de não ser uma pessoa religiosa e de ter opiniões conflitantes com a maioria das pessoas quando este tema (a religião) vem à tona, acredito que a religião não pode acabar. Sim, há malefícios imensos em nossa sociedade que têm como força motriz uma causa religiosa; e sei que os benefícios são tão ínfimos que não se sobrepõe à quantidade de malefícios – mas ainda há benefícios. O problema das religiões não está localizado nas próprias religiões: o problema são os religiosos. Não todos, mas os fanáticos. Não são os religiosos que atacam homossexuais, são os fanáticos; tampouco são responsáveis pela perseguição a membros de outras religiões, isso é motivado pelo fanatismo.