sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Madonna 5.5 ( Tentativa de Homenagem)


16/10. Nesta data, todos os anos pelas últimas três décadas uma legião de fãs, ou de simples admiradores – há lá suas diferenças: um fã é, por excelência um admirador, mas nem todo admirador é fã – se reúnem, ou não, mas isso não importa; estou me desviando do assunto. Vou recomeçar: 16/10. E percebo que cometi, logo de saída, um erro gravíssimo: uma data como a de hoje não deve ser escrita com numerais, deve ser escrita l e n t a m e n t e, letra por letra.

Recomeço: D e z e s s e i s de a g o s t o. Confuso, mas melhor, mais apropriado. Seguimos; nesta data um número razoavelmente alto de pessoas reúne-se por um único bem comum (a estas próprias pessoas). Há exatos 55 anos, nascia ela: a mãe de Cristo, a mulher de Jesus, a Rainha dos céus e da Terra – Madonna. Blasfêmia?, há coisas piores: por exemplo, deixar de lembrar desta data, por mais que esteja caindo no lugar comum de todos os fãs.

 
Foram cinquenta e cinco anos – ou pelo menos trinta deles – de puro sucesso. E oxalá, deus permita, que venham tantos outros: cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, muitos. E eu, na minha humildade técnica de fã sem maiores recursos que não os de escrever – e muito mal – deixo aqui, no silêncio das entrelinhas, aquilo que nenhuma palavra pode dizer: falar da admiração que sinto pela cantora? Não será necessário: haverá outros, muitos outros, que se encarregarão disso por mim. Mas deixar passar esta data em branco: nunca, jamais! Ou melhor: n u n c a & j a m a i s – tudo assim, soletrado. Não há muito que eu possa dizer, nem muito que possa ser acrescentado sobre as divagações existentes que tratam da carreira brilhante – e, em muitos aspectos, invejável – da cinquentona mais falada do pedaço.

 

Não: é preciso não estragar com palavras o silêncio das entrelinhas. Subentende-se com isso o quanto eu admiro e respeito a vida e o trabalho de Madonna. Se tenho cá os meus desejos? Sim, claro, os desejos de todos os fãs: o de que ela, esta senhora, continue alegrando-se e alegrando-nos a nós. Que tenha ainda muito chão para pisar, muitas pistas para agitar (e para se confessar), muitos anos doces (mesmo na dureza duma batida de hip-hop), muita música, muito erotismo, e que esta Madonna – a nossa Madonna – continue percorrendo nossas vidas como um raio de luz: Madonna ilumina tudo. É santa – mas não é boba: reza, chora, pede perdão, peca, se pendura na cruz, tem um caso com Jesus, e, ainda por cima, continua sendo rainha.

 
A Madonna que nos redime, que nos dá paz, que nos alegra, e muito mais. Todas as madonnas, numa só mulher; e todas as mulheres numa só Madonna. E isto, não há quem tire das mãos delas. Se é velha? Claro, mas isso não tira dela seu valor: respeito para a senhora, que ela está passando – dentadura? Não, ponte de ouro nos dentes. É moderna a Madonna. Que vai sucumbir diante das novas vozes, das novas danças, dos novos ritmos? Duvido muito, são trinta anos de carreira, não serão meia dúzia de anos na estrada que irão apagar isso. Madonna se reinventa, não acaba: recomeça. É rainha, e a aniversariante do dia: conforme-se com isso.

Um comentário:

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