Quando acreditamos estar numa
sociedade livre de preconceitos, com ações de conscientização para todas as
pessoas, incluindo-se ai as crianças (visto que, como diziam os antigos, e bem
sabiam o que diziam eles naquele começo de mundo, é de pequenino que se torce o
pepino), encontramos a imagem acima num livro didático. Na imagem, a criança
deve ligar as figuras masculina e feminina às atividades com mais afinidades ao
seu gênero. Com ideias como “cuspir no chão” ou “usar brincos”, a figura foi
alvo de protestos de feministas (como este que vos fala) e de pessoas sem
ligação nenhuma ao movimento. Todavia as atividades mais peculiares, que mais
vêm sofrendo asseverações, são frases como “ajudar a limpar a casa” e “lavar a
louça”, obviamente sugestionadas à figura feminina.
Em nota, a Editora Positivo deu
seu parecer em resposta às admoestações que vem sofrendo: “Esclarecemos que em
nenhum momento a finalidade deste exercício é impor padrões ou corroborar com
estereótipos de gênero. A atividade, vale mencionar, é parte de um contexto
onde o objetivo é justamente promover o debate para combater relações
autoritárias e questionar a rigidez dos padrões”.