E confiar nem sempre é uma boa ideia
Tudo aquilo que envolve a coleta de
evidências é denominado saber, e aquilo que envolve a sustentação de uma
hipótese sem que para isso seja necessária a coleta de evidências, é denominado
crer. Por exemplo, digamos que um amigo seu diga que tem um cavalo de
estimação. E digamos que você não acredite nisso, o que você faz?
Cientificamente falando, o mais inteligente a fazer seria investigar para ver
se esta informação procede ou não. Então você iria a casa deste amigo, veria
ração para cavalo, veria utensílios utilizados para montaria e mais alguma
coisa, mas não vê o cavalo em si, porque o cavalo está em outro lugar. Vendo
estas coisas você passa a acreditar
neste seu amigo (pelo menos é o mais óbvio que aconteça). Agora, digamos que
você vá até a casa deste seu amigo outro dia e vê o cavalo, neste momento, você
não acredita que ele tenha um cavalo, você sabe
que ele tem um cavalo. E por que você sabe isto: porque você primeiro coletou
informações (viu a ração para cavalo e os utensílios para montaria) que
sustentassem esta hipótese (que seu amigo tenha um cavalo) e depois você juntou
a estas informações (evidências) a observação do próprio cavalo in locco, estas
duas coisas juntas (coleta de evidências e posterior constatação) fazem parte
do conhecimento científico, quando você não faz nem uma coisa nem a outra (nem
a coleta de evidências e nem a constatação) ou faz apenas uma delas, você está
adentrando no conhecimento mítico ou religioso. E o que isso tem a ver com a
ciência?
A ciência e o método científico
precisam da coleta de evidências que possam ser submetidas a testes, que sejam
observáveis, mensuráveis e empíricas para promover o conhecimento, todo o tipo
de método que não se utilize desta coleta de evidências observáveis, empíricas
ou mensuráveis, não é ciência, mesmo que gere algum tipo de conhecimento.
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