“A ciência é o conhecimento claro e
evidente de algo, fundado quer sobre princípios evidentes e demonstrações, quer
sobre raciocínios experimentais, ou ainda sobre a análise das sociedades e dos
fatos humanos” –– Michel Blay.
Em pouquíssimas palavras, a ciência
pode ser definida como o modo que o homem lida com a natureza e com o mundo
visando a sua compreensão. Porém, a ciência não é somente isso: a ciência é a
busca sistemática (tem um sistema), racional (utiliza a razão) e metodológica
de obter conhecimento que possa ser submetido a testes, sendo, por isso, o
chamado conhecimento empírico a busca principal da ciência. Além disto, a
ciência sempre buscará teorias objetivas, empiricamente testáveis e preditivas,
podendo ser testadas ou contraditas; isto quer dizer que a ciência busca,
através de suas teorias, prever de forma testável o que pode acontecer a curto,
médio ou longo prazo, esforçando-se também para identificar os fenômenos no
meio, os elementos físicos envolvidos nestes fenômenos, suas relações de
causalidade, e por fim os mecanismos através dos quais a causalidade se estabelece.
Vale ainda ressaltar que a ciência sempre envolve "paradigmas",
grupos de regras, práticas, premissas (geralmente sem precedentes) e teorias
tidas até então como válidas, e as transições entre paradigmas geralmente não
envolvem necessariamente a verificação ou falseabilidade de teorias
científicas. Existem atualmente três ramos da ciência: as ciências naturais, as
ciências formais e as ciências sociais (também chamadas de comportamentais),
cada uma visando o entendimento e a busca do conhecimento em determinadas
áreas. Além de ser o modo de obter conhecimento, a ciência pode tratar de um
compilado de conhecimentos já alcançados. Etimologicamente a palavra ciência
vem do latim scientia, que quer dizer
conhecimento, tendo, portanto, sentido oposto à opinião, às afirmações de
natureza contraditórias e ao dogma. Por significar “conhecimento”, em seus
primórdios, a palavra ciência referia-se a qualquer tipo de conhecimento, fosse
ele científico, empírico, mítico, religioso, filosófico ou o senso comum.
Atualmente, porém, aceita-se como ciência apenas aquele conhecimento que
apresenta evidências racionais que o corroborem e que possa ser passível de
teste ou reprodução, sendo, portanto, os conhecimentos mítico, religioso e o
senso comum conhecimentos fora da alçada científica, pois eles envolvem a
validação de uma hipótese sem que haja evidências que a sustentem, são, por
isso, chamadas de crença (principalmente o conhecimento mítico e o religioso).
A principal diferença entre o conhecimento científico e o conhecimento
religioso, por exemplo, é que um envolve saber e outro envolve acreditar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário